domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sagrado Coração da Terra.


Marcus Viana nos encanta com suas músicas em trilhas de novela, cinema e música terapêutica; além disso, Marcus é o "líder" da banda Sagrado Coração da Terra que tem letras que nos levam a uma reflexão...



Contra Capa do primeiro CD do Sagrado Coração da Terra.

Mudam as raças e as estações,
Todas as dimensões da vida
Se contorcem na dor de um parto
E os frutos se rompem
Deixando cair suas sementes.
Acendem-se as luzes da memória
E desnudam-se os mistérios.
Dentro e fora de nós,
O desafio das idades: cosmos x caos.
Os desuses se apartam das feras
E o salto é grande demais
Para as pernas humanas;
É tempo de recordar o amor,
Arte máxima do Universo.
Aos que amam é dada a sabedoria
E revelada a canção perdida.
Seu poder romperá as cadeias da ignorância,
Com coragem e beleza vencerão o abismo
E reescreverão a história.



Tema da vida – Anel Mágico.

Se os corações e as mentes se unirem
Num grande anel com a força da paz
A luz do amor que aquece as estrelas
Irá nos iluminar
A vida é tão breve e há tanto por fazer
Por que então matar e morrer?
Crianças da áfrica, crianças da América.
Crianças da Ásia, Europa e Brasil.
Crianças da terra herdarão a paz
Herdarão a paz.



LIBERTAS

Como é difícil cantar o sublime
Num país de miséria e prosperidade
Se em nossas ruas crianças são bichos
Como falar da mãe liberdade?

Quantas vezes mais teremos que morrer pela utopia
Mártires do grande sonho humano:
A comunhão, a tribo, o amor, o pão, a liberdade.

Me diz quem é livre e senhor de si mesmo
Quem não é escravo de suas paixões
Quem domina sua mente e seus medos
Na voragem de fogo dos corações

Na febre das grandes cidades
Quem não sofre o jugo e arrasta grilhões
Com o peso da dor da humanidade
Quem não chora perdido na noite?

Alguém nos falou da liberdade: olhai os lírios do campo
E as aves do céu; não semeiam, nem fiam, escutai seu canto.
No coração da Amazônia, nas cavernas do Himalaia.
O curumim e o sábio sabem andar no fio da navalha

Liberdade - só esses podem chamar teu nome
Abra as asas sobre nós e mata nossa fome
Como pode o teu mundo nascer
Se o velho homem em nós não morrer?
Sê nossa mãe e nossa luz
Nosso farol, liberdade ainda que tarde.

A rosa estrela me diz:
Já vejo a glória da manhã
As águas douradas de aquário vertidas em nós
Libertas quae será tamem



A LESTE DE SOL, OESTE DA LUA

Aos trancos e barrancos, remendos e cacos.
Chegamos as prais do terceiro milênio
Com os pés feridos e sujos tocando de leve
O límpido oceano de aquárius

Com o enorme peso, o custoso fardo.
Da técnica sem ética da civilização
Num mundo tão chato e moderno
Atados por invisíveis teias e milhões de cabos
Na mesma imagem, no mesmo som.
Na mesma moda, na mesma cor.
Na mesma tristeza, no mesmo sonho.
Na mesma burrice, no mesmo riso, a mesma dor!

Perdemos todas as lições da história
Em resumo; são vinte mil anos de guerras.
E em nome da tal liberdade,
Só fogueiras, cadeias, misérias.
E como é curta a nossa memória
O que sabemos de Lemúria e Atlântida?
E assim como os impérios passaram, passarão as nossas cidades.
E sobre a noite dos tempos
A luz vigilante da estrela nos diz
Se quem tem boca vai a Roma
Quem tem coração irá a Andrômeda!

Eu sei de um lugar ao norte do cruzeiro do sul
Do lado direito daquela estrela azul
A leste do sol, a oeste da lua.
Guitarras e violinos cantam
Sai de casa, vem brincar na rua.
Nas ruas desse grande país
O nome desse país reluz
O nome do nosso país: amor
Quem pode dizer o nome desse grande país?
Terra, Agartha, Shamballa, Gaya, Shangrilá, Éden.
Terra, Agartha, Shamballa, Gaya, Shangrilá, Éden.


Manhã dos 33

As vezes eu tenho uma leve impressão
As vezes é uma bruta cerreza
De que a nossa vida na terra
Não é bem uma viagem de férias

Nascemos pelados, sem nada, sozinhos
Com o fogo do sol nos olhinhos de neném
E ninguém pode nos consolar
Da fome enorme que é viver
Da imensa dor que é nascer na terra

Saudade da luz das estrelas...saudade...estrela
Tudo vem passa por nós e se vai
Sonhos e planos, fracassos, vitória,
O bem e o mal, pesadelos e sonhos bons
Nada mais restará na corrente dos anos.
Que ainda tentamos deter a todo custo nas mãos
Se tudo e todos que amamos se vão
Meu amor segure firme a minha mão
A mente e o corpo tão breve são ilusões

Só restará o coração a vela de um barquinho
No oceano infinito do tempo a vogar...

A na branca manhã dos meus 33
Eu tive uma bruta certeza
De que a vida humana na terra
Não é bem uma viagem de férias...

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