terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Do livro O túnel e a luz – reflexões essenciais sobre a vida e a morte de Elisabeth Kubler-Ross.

 

Demorei cinquenta anos para perceber que não há coincidências na vida – nem mesmo nas circunstancias do nosso nascimento – e que as coisas que encaramos como tragédias podem não o ser, a menos que realmente desejemos considera-las assim. Quando optamos por encarar as tragédias como chances ou oportunidades de crescimento, descobrimos que elas são também desafios e sinais necessários para que haja mudança em nossa vida.

 

Quando uma pessoa está no fim da vida e olha para trás, não para os dias fáceis, mas para aqueles dias de tormentas da vida, ela percebe que foram exatamente os dias dificieis que a tornaram o que ela é hoje. Isso se assemelha o que alguém disse certa vez: “ é como colocar uma pedra numa britadeira. Você pode sair despedaçado ou polido”.

 

Dizemos  que uma pessoa é como casulo de uma borboleta. O casulo é o que ela vê no espelho. É apenas uma morada temporária do seu eu real, quando esse casulo fica irrecuperavelmente danificado, a pessoa morre, e o que acontece é que o casulo, constituído de energia física, vai – simbolicamente falando – libertar a borboleta.

 

Porque se vivermos bem, jamais teremos medo de morrer. A morte é o maior prazer que nos aguarda. Nunca devemos nos preocupar com ela, mas sim com o que fazemos hoje. Se hoje fizermos a melhor escolha em tudo, não apenas em nossos atos, mas também em nossas palavras e em nossos pensamentos, então teremos uma experiência incrivelmente feliz no momento da morte.

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