Do livro O túnel e a luz – reflexões essenciais sobre a vida
e a morte de Elisabeth Kubler-Ross.
Demorei cinquenta anos para perceber que não há
coincidências na vida – nem mesmo nas circunstancias do nosso nascimento – e
que as coisas que encaramos como tragédias podem não o ser, a menos que
realmente desejemos considera-las assim. Quando optamos por encarar as
tragédias como chances ou oportunidades de crescimento, descobrimos que elas
são também desafios e sinais necessários para que haja mudança em nossa vida.
Quando uma pessoa está no fim da vida e olha para trás, não
para os dias fáceis, mas para aqueles dias de tormentas da vida, ela percebe
que foram exatamente os dias dificieis que a tornaram o que ela é hoje. Isso se
assemelha o que alguém disse certa vez: “ é como colocar uma pedra numa
britadeira. Você pode sair despedaçado ou polido”.
Dizemos que uma
pessoa é como casulo de uma borboleta. O casulo é o que ela vê no espelho. É
apenas uma morada temporária do seu eu real, quando esse casulo fica
irrecuperavelmente danificado, a pessoa morre, e o que acontece é que o casulo,
constituído de energia física, vai – simbolicamente falando – libertar a
borboleta.
Porque se vivermos bem, jamais teremos medo de morrer. A
morte é o maior prazer que nos aguarda. Nunca devemos nos preocupar com ela,
mas sim com o que fazemos hoje. Se hoje fizermos a melhor escolha em tudo, não
apenas em nossos atos, mas também em nossas palavras e em nossos pensamentos,
então teremos uma experiência incrivelmente feliz no momento da morte.
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