sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O AMOR QUE ACENDE A LUA- RUBEM ALVES.




É mais um livro fascinante de Rubem alves, coloco abaixo alguns trechos que me sensibilizaram, encantaram...

* Coroas de flores mortas, nem pensar! Pedirei aos que me amam que semeiem flores em algum lugar – um vaso, um canteiro, a beira de um caminho. Se não for possível, que distribuam pacotinhos de sementes entre as crianças de alguma escola, entre os velhos de algum asilo. E , se for possível,uma arvore. Ah! Que linda prova de amor é plantar uma árvore para que alguém amado, ausente,possa se assentar à sua sombra.
Se você for primeiro do que eu,Carolina prometo: não mandarei coroa.Mas plantarei uma flor.



* Nossas inteligências estão cada vez mais ligadas aos vídeos e computadores e cada vez mais distante da natureza. Há crianças que nunca viram uma galinha de verdade, nunca sentiram o cheiro de um pinheiro, nunca ouviram o canto do pintassilgo e não têm prazer de brincar com a terra. Pensam que terra é sujeira. Não sabem que terra é vida.




* Pergunto se a capacidade de pensar é sinal de superioridade. O pensamento não surge, precisamente, da nossa doença? Ou como sintoma dela ou como tentativa de cura? Caeiro dizia que “pensar é estar doente dos olhos”. Pensamos porque não estamos felizes com o que somos. Quando estou feliz meus olhos vêem a arvore e descansam nela. Não penso outras coisas. Eu e as arvores somos um. Quando estou doente meus olhos vêem a arvore mas não descansam nela. Penso. Meu corpo, no pensamento, vai para um outro lugar. Pensamos porque não estamos felizes onde estamos.



* Meu tio que era médico, sentenciava:”nunca fique em pé quando puder ficar sentado; nunca fique sentado quando puder ficar deitado.” Minha mãe seguiu rigorosamente o conselho do irmão. Morreu aos 93 anos.

* Tristeza eu tenho porque muitas coisas que moram na minha alma não podem ser comunicadas. Por mais que eu diga, e explique, quem ouve não me entende.


Amigos(a) leiam Rubem Alves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário