quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estações da Vida.


LIVRO ESTAÇÕES DA VIDA.
Amigos acabo de ler este livro, algumas passagem interessantes.

Enquanto cuido do outro estou, ao mesmo tempo, cuidando de mim mesmo. “só somos capazes de abençoar o outro quando também nos sentimos abençoados”.

Muitas vezes, passamos nosso tempo sem nos dar conta de quem somos, do que queremos, sem conhecer nosso corpo, sem tocar a nossa alma.

Muitas vezes adoecemos tão somente para poder ter mais saúde. Ter saúde é manter nosso organismo pulsante, em movimento.

Nosso corpo precisa do que é mais simples para estar bem. Quem precisa de coisa mais sofisticada para se satisfazer é nossa mente, nosso ego.

É necessário renovar em cada um de nós a consciência de que fomos agraciados com uma vida e que esta e constituída de muitas histórias e de incontáveis momentos que precisam ser dignificados e celebrados, para que finalmente, tomemos posse de nossa própria existência, de quem realmente somos. Assim, conscientes de nossas histórias, teremos algo valioso para ser trocado, semelhanças e diferenças honradas e respeitadas ao serem expressadas e acolhidas. Essa troca faz toda a diferença. E é por isso que chamamos vida.

Todo e qualquer processo de doença que se instala no nosso corpo estará, de algum modo ou em algum nível, compensando algo que se desequilibrou, excedeu ou mesmo careceu daquilo no próprio organismo.

Toda doença é compensatória.

A doença, então pode ser definida como um mecanismo interno de compensação do nosso corpo, que busca, de alguma forma, restabelecer seu equilíbrio. se algum desses níveis não está em harmonia, algo poderá manifestar-se num outro nível exatamente para compensá-lo.

Para encontrar o caminho da nossa cura teremos de empreender uma audaciosa jornada pela metade desconhecida de nós mesmos. Teremos de buscar na nossa noite interna recursos e potenciais nunca explorados. Estes servirão como instrumentos indispensáveis para desvendarmos para nos mesmos, aquele principio único, saudável e pleno pelo qual a vida nos foi dada.

O restabelecimento do equilíbrio é uma tarefa pessoal e intransferível; não cabe a mais ninguém, que não o próprio indivíduo, encontrar uma pista para retornar o caminho do meio.

O temporário alívio imediato tão prometido pela farmacologia moderna não se traduz em saúde.

É importante observar que só adoecemos porque temos, em nós mesmos, condições de nos curar.

O que é viver? O que significa estar vivo? Qual a diferença entre viver e sobreviver?

O objetivo da cura não é permanecer vivo, mas caminhar em direção a plenitude.
Quem apenas sobrevive não tem consciência e ignora que faz parte de todas as manifestações da vida que o cerca, que influencia e é influenciado por tudo ao seu redor e que, conseqüentemente, jamais estará só.

Nenhum corpo nasceu para ficar no imobilismo, no pequeno, no que limita. Como diz W.Reich: “quando a alma e o corpo se tornam rígidos, todo movimento é penoso.(...)nenhum cerco, nenhum urso,(...)nenhum pássaro poderia se instalar no imobilismo como fazem os homens”. Ou seja, nascemos para estar em movimento e tudo que essa sociedade nos diz é para nos instalar, com casa própria, carro, bens materiais, aguardando ansiosamente a aposentadoria para, finalmente, aproveitar a vida.
diz Reich que aí reside a doença: a vida é essa, agora, e cabe a nós dançarmos nela, num movimento ininterrupto e constante. Isso é estar vivo, é existir.

Ser dono da própria vida é existir.

“o sonho dourado das pessoas é a felicidade permanente. Isso não existe. A grande felicidade vem depois da insatisfação. A vida é para cima e para baixo. A oscilação é o que dá prazer: satisfação, insatisfação,amparo,desamparo. A linha reta no eletrocardiograma é morte.
Leopoldo Nosek.

O grande prazer da vida não está em olhar o que nós falta, mas sim o que temos.
Para ter saúde, é preciso encontrar prazer na rotina. Prazer naquilo que fazemos costumeiramente, no movimento da vida. Nosso organismo se alegra com as coisas mais simples, como respirar, por exemplo. O corpo se delicia em apenas ser e estar aqui,vivo, pulsando.

Aquela idéia de que liberdade é fazer o que se deseja sem respeitar os ritmos não é saudável, mas caótica.

Na verdade, temos de nos tornar discípulos de nós mesmos.
É preciso que nós mesmos nos acolhamos como somos. A culpa, a autopunição, a exigência da perfeição são instrumentos dos mais cruéis que utilizamos, muitas vezes inconscientemente, para nos sabotar em nossa jornada pela vida.
Não dá para tirar uma soneca no pesadelo. Há que se rever os planos, (re)descobrir os sonhos,lutar.

Será que seus olhos já viram seu rosto?

Tornamos camundongos em elefantes, vitalizamos nosso inimigo quando pensamos nele o tempo inteiro,colocando nossa energia nele, tornando-o presente e atuante em nosso dia a dia.

Querer ajuda e saber pedir são condições primordiais para encontra-la.
É um exercício de humildade o reconhecimento da nossa fragilidade e uma atitude de coragem a busca pelo apóio.

Não estamos mais saudáveis quando só recebemos ou damos.
Constatam a via de mão dupla que é a solidariedade, aprendem a pedir e a receber.
Cada um de nós obtem a cura a seu próprio modo, algumas pessoas se recuperam porque tem trabaho a fazer. Outras porque se viram liberadas do trabalho, das pressões e expectativas que outros lhe impunham. Alguns precisam de música,outros de silêncio; há quem precise de gente por perto e há os que saram sozinhos. Para cada um tem condições de cura que são tão únicas quanto as impressões digitais.
Percebi que, ao contrário do que sempre fizera até aquele momento,o que mais queria era que alguém me ajudasse a curar minhas feridas, me pusesse no colo, até desse bronca. Mas que dividisse comigo as minhas dores.
Todo mundo passa por esta vida pagando um preço alto por existir...

A coisa mais importante não é capitalizar nossos ganhos, pois qualquer tolo pode fazê-lo. A coisa mais importante é tirar proveito de nossas perdas. Isso requer inteligência e faz a diferença entre um homem superior e um homem.

Essa vida pode não ser muito, mas é tudo que temos.

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